Vila Nova de Ourém, 8 de Maio de 1966.
Decapitado, mutilado de asas, com as vísceras expostas ao sol e à chuva, vemo-lo assim abandonado e desprezado, no alto da encosta a que deu o nome.
Quando voltaremos a fitá-lo, restituído à sua primitiva silhueta, de velas pandas e alvas rodando ao sabor do vento, a dominar e a animar a paisagem deslumbrante com o simbolismo e a garridice da sua presença?
L.R.
No “Noticias de Ourém” a 08/05/1966
Decapitado, mutilado de asas, com as vísceras expostas ao sol e à chuva, vemo-lo assim abandonado e desprezado, no alto da encosta a que deu o nome.
Quando voltaremos a fitá-lo, restituído à sua primitiva silhueta, de velas pandas e alvas rodando ao sabor do vento, a dominar e a animar a paisagem deslumbrante com o simbolismo e a garridice da sua presença?
L.R.
No “Noticias de Ourém” a 08/05/1966
2 comentários:
Fabuloso!...
... e tão actual!
Que belo texto! É de ler... e comover.
Reconheço o autor, Luiz Rito, e Manuel Joaquim Ribeiro, o angariador de seguros da O Trabalho, um alentejanão 200% com mais uns 100% de oureense, que foi o homem que mais me fez rir na minha adolescência, com as suas anedotas e ditos de espírito.
De alguns deles me lembro e resisto (ou adio...) à vontade de contar.
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