"AINDA ESTE ANO ALINHEI
De pé, ao centro, está António Pereira Afonso, que, de rara vitalidade, ainda joga basquetebol com uma idade superior a 50 anos.
Um grupo de amigos de António Pereira Afonso, antigo basquetebolista do Atlético Clube Ouriense, clube que ainda há pouco representou, no Torneio da Associação de Basquetebol de Leiria, vai homenageá-lo no próximo dia 1 de Julho.
Quisemos, por isso, ouvir o exemplar desportista conhecido nos meios desportivos de Vila Nova de Ourém, por “António Á”.
- Conte-nos algo da sua carreira – pedimos nós.
E António P. Afonso começou:
- Nasci a 10 de Junho de 1910 e iniciei a vida de basquetebolista em 1931, sob a direcção do Dr. Inácio Sequeira Nazaré, pela então Secção Desportiva dos Bombeiros de Vila Nova de Ourém, campeão regional em 1934-35 e 1935-36. Acabada esta secção, joguei uma época no Ginásio Sportivo Liz. Tendo também acabado a Associação de Leiria, sempre pratiquei a modalidade em desafios particulares, voltando depois às provas oficiais, em que ainda entrei este ano, alinhando em todos os jogos.
- Só praticou basquetebol?
- Fiz também futebol, atletismo e ciclismo.
- Conte-nos um episódio da sua longa carreira…
- Uma vez em Santarém, num jogo contra a selecção desta cidade, fiquei fortemente contundido numa vista. Chorei como uma criança pois fazia parte da Banda de Música que à noite dava concerto e eu não queria faltar. E não faltei, apesar da lesão!
“António Á” revelou-nos então o programa da sua festa, que terá início às 17horas do próximo dia 1, no campo do Atlético Ouriense: desafios entre Velha Guarda de Leiria e de V. N. Ourém, e também entre as equipas do Ateneu de Leiria e do Atlético Ouriense para disputa da Taça com o nome do homenageado.
No intervalo António Afonso será homenageado peta Federação de Basquetebol e Associação de Basquetebol de Leiria, fazendo o elogio do dedicado atleta o Sr. Dr. Sérgio Ribeiro, vice-presidente da Associação de Atletismo de Lisboa.
No “Record” a 23/06/1962.
2 comentários:
E a ida à televisão, onde foi entrevistado pelo Cordewiro do Vale, e "deu espectáculo"... de modéstia, de dignidade, de à vontade, "jogou em casa". Eu, que "arranjei" a entrevista e o acompanhei aos estúdios do Lumiar, senti, mais uma vez, orgulho de ser seu amigo.
Apenas uma correcção: eu era vice-presidente da Federação Portuguesa de Atletismo e, sobre esta minha tarefa, tinha coisas giras a contar. Por exemplo, porque é o deixei de ser. Mas... estamos, e muito justamente, a falar do Tó Á.
O Outrora voltou em todo o seu esplendor. Obrigado, NA.
E... já agora... repararam porque é que se chamava ao Zé Melo - o primeiro da esquerda, em baixo - o "fio de azeite"?
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