Vila Nova de Ourém, 8 de Novembro de 1964.
A Comissão Regional de Turismo adquiriu há tempos – e muito de louvar é a sua decisão - o moinho que se alcandora no cabeço que, a norte da Vila, lhe tomou o nome.
Evitou-se, desse modo, a sua venda a entidade que o menosprezasse ou demolisse, fazendo assim desaparecer a sua silhueta de gracioso monumento rústico, tão característico da paisagem portuguesa.
O "Moinho do Vento", que todos conhecemos e estimamos, pois todos ou quase todos, em rapazes, ali fizemos frequentes digressões e diabruras, e aspirámos a pureza dos ares, e bem o ex-libris de Vila Nova, como o Castelo o é de Vila Velha – salvas, é claro, as devidas proporções.
A sua aquisição obedeceu certamente senão a fins turísticos imediatos, pelo menos à sua futura adaptação a casa de chá ou semelhante, para repouso e miradouro de quem ascendesse àquelas alturas – duma riqueza panorâmica que não fica muito aquém da que é título de orgulho da antiga Vila.
Mas parece ter caldo no esquecimento a velha construção, pois segundo nos vieram dizer, as portas caíram e o telhado ameaça ruir, não falando já das velas e sua possante armadura, de há muito desaparecidas.
Oxalá providências sejam tomadas, para que não tenhamos em breve de lamentar, olhando o local: “...e tudo o vento levou...”
No “Noticias de Ourém” a 08/11/1964
A Comissão Regional de Turismo adquiriu há tempos – e muito de louvar é a sua decisão - o moinho que se alcandora no cabeço que, a norte da Vila, lhe tomou o nome.
Evitou-se, desse modo, a sua venda a entidade que o menosprezasse ou demolisse, fazendo assim desaparecer a sua silhueta de gracioso monumento rústico, tão característico da paisagem portuguesa.
O "Moinho do Vento", que todos conhecemos e estimamos, pois todos ou quase todos, em rapazes, ali fizemos frequentes digressões e diabruras, e aspirámos a pureza dos ares, e bem o ex-libris de Vila Nova, como o Castelo o é de Vila Velha – salvas, é claro, as devidas proporções.
A sua aquisição obedeceu certamente senão a fins turísticos imediatos, pelo menos à sua futura adaptação a casa de chá ou semelhante, para repouso e miradouro de quem ascendesse àquelas alturas – duma riqueza panorâmica que não fica muito aquém da que é título de orgulho da antiga Vila.
Mas parece ter caldo no esquecimento a velha construção, pois segundo nos vieram dizer, as portas caíram e o telhado ameaça ruir, não falando já das velas e sua possante armadura, de há muito desaparecidas.
Oxalá providências sejam tomadas, para que não tenhamos em breve de lamentar, olhando o local: “...e tudo o vento levou...”
No “Noticias de Ourém” a 08/11/1964
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