2005/05/31

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Vila Nova de Ourém, 1 de Novembro de 1942.


No “Noticias de Ourém” a 01/11/1942

Sêde benvindos!

Vila Nova de Ourém, 16 de Junho de 1935.
No local representado pela gravura que ilustra esta página – por assim dizer uma das portas naturais da nossa encantadora vila – serão os filhos de Ourém residentes em Lisboa e o seus companheiros de excursão, recebidos no próximo domingo, com o carinho e entusiasmo que merecem.

Paisagem de maravilha, duplamente emocionante pela sua beleza edénica e pelas páginas de história que ali se folhearam, é este um local bem digno para a recepção a fazer – para a troca dos primeiros abraços que hão-de enlear, durante toda a infelizmente curta estada entre nós, os excursionistas nossos visitantes e amigos e aos habitantes desta hospitaleira terra.

Será esta a moldura condigna para momentos de tão profunda emoção!

No “Noticias de Ourém” a 16/06/1935

Café-Restaurante Avenida

Vila Nova de Ourém, 5 de Fevereiro de 1956.
O Café-Restaurante Avenida marca desde a sua inauguração uma nota de progresso dentro da nossa Vila, nota que se vai acentuando graças às suas belas instalações e serviços e à sua correcta, inteligente e dinâmica Gerência.
É hoje um estabelecimento integrado na vida social do meio e que os Ourienses se habituaram a frequentar e a considerar devidamente. Honra Ourém que, dada a sua posição topográfica e populacional de terra já hoje largamente visitada, dele não poderia prescindir.


Um recanto convidativo do "Avenida"

O Secretariado Nacional da Informação, Cultura Popular e Turismo, acaba de consagrá-lo, depois de o ter convenientemente inspeccionado, classificando-o como estabelecimento (típico) de 1.ª classe, o que o coloca a par dos seus congéneres mais conhecidos e distinguidos do País.

Felicitando por esse motivo a Gerência, felicitamos a terra.

No “Noticias de Ourém” a 05/02/1956

Paços do Concelho - 1926


Fotografia dos Paços do Concelho de 1926 e parte do vasto terreiro que o povo baptizou de "Feira do Mês".

Bairro para as classes pobres

Vila Nova de Ourém, 7 de Maio de 1950.

É já no próximo dia 5 de Junho que irá à praça, na Câmara Municipal, a desejada obra de construção de casas para pobres.

Trata-se, por agora, apenas, da primeira fase desta grande obra (de que muito beneficiará social e urbanisticamente Vila Nova de Ourém) ou seja da edificação imediata de 16 casas, porquanto este bairro deverá compreender num futuro próximo, quando totalmente construído, cerca de 50 moradias.

Além da aquisição de terreno já feita, outras se seguirão em breve na rua dos Álamos e em terrenos a nascente desta rua, para abertura do troço da avenida entre os Paços do Concelho e o futuro bairro, avenida que, quando concluída, se estenderá através do actual Jardim Municipal e do largo da “Feira do Mês” até ao alto do bairro de Castela.

A base de licitação para a obra das 16 casas, a construir em breve, será de 368.800$00.

No “Noticias de Ourém” a 07/05/1950

2005/05/27

Avenida D. Nuno Álvares Pereira

Vila Nova de Ourém, 15 de Março de 1942.

Vão em breve prosseguir os trabalhos de abertura desta grande artéria que uma vez concluída modificará sob certos aspectos a vida local. Incidem esses trabalhos desta vez, sobre o troço compreendido entre as ruas António Leitão e Alexandre Herculano, ficando assim desafogado e centralizado o lindo edifício da estação telégrafo-postal, de recente inauguração.

Parece-nos que no novo troço a abrir já se deve olhar ao embelezamento futuro, dando aos passeios laterais aquela largura que permita a plantação de árvores, sem afrontamento da construções do no novo arruamento, pelo que deverão estas ser de pequeno porte.

O lancil começado a colocar no troço da Avenida já construído, compreendido entre a estrada de Caxarias e a Rua António José de Almeida não obedece a esse critério, pois primitivamente projectara-se a construção de uma faixa central, arborizada, mas uma vez – e muito bem – que se desistiu dessa faixa central, só resta alargar também os passeios laterais de harmonia com o alvitre acima citado.

No “Noticias de Ourém” a 15/03/1942

2005/05/25

Largo General Carmona

O Largo General Carmona, antes da transformação que sofreu a Igreja Matriz e da demolição do grupo de casas denominado "Comboio".

No “Noticias de Ourém” a 11/06/1950

2005/05/18

Homenagem Póstuma - Joaquim Pereira

Vila Nova de Ourém, 24 de Janeiro de 1937.

Passados são já quinze dias sobre a morte de Joaquim Pereira, e ainda nos fere, como no instante em que tal tivemos consciência, a ideia impiedosa do seu passamento.

E ao traçarmos, como é da mais elementar justiça, o seu panegírico, embaciam-se-nos teimosos os olhos, e treme ou tolhe-se-nos a mão, no cumprimento do dever de prestar homenagem a alguém tão cruamente arrebatado aos afagos da família, ao convívio dos amigos e à actividade da sua importante casa comercial.

Punge-nos doridamente a partida irremediável do amigo muito querido, ora abalado da Vida, cujos encantos ele saboreava como dons preciosíssimos e no mais elevado grau. A negra morte, se a conheceu, deve-lhe ter produzido inenarrável desalento – que a não desejava o seu espírito sequioso da luz do sol!


Joaquim Pereira era natural da risonha vila de Alcobaça, mas cedo os fados lhe indicaram a terra do seu destino – e aqui aportou aos 16 anos, para, ininterruptamente, aqui viver quatro décadas da intensa e honesta labuta, que lhe granjeou a situação de destaque e de desafogo, que, com justiça, usufruía no meio comercial. Da fase em que, pela primeira vez, tivemos a satisfação de com ele privar, quando ainda a vida lhe estuava plena, em haustos de arrebatamento, até ao recente e quási abrupto declínio que lhe precedeu a morte, vai um mar de recordações saudosas, que nos ensinaram a ler claro no livro aberto da sua alma grande…
Dominava-o a preocupação pelo progresso da terra bem amada a que se acolhera, interessando-se por todas as iniciativas que para isso pudessem concorrer. Assim a Banda local, obsessão dilecta do seu espírito, deve-lhe muito! Ainda poucos dias antes de deixar este mundo, numa visita – a última que lhe fizemos – quando já sentia adejar sobre si os negrumes da fatalidade, ele se lhe referiu interessado, postergando para plano muito secundário os seus padecimentos e confiando-nos as suas apreensões sobre o futuro daquela colectividade, no receio de que qualquer desequilíbrio lhe viesse a ser funesto.
Mas não só a Banda lhe importava; todas as manifestações de vitalidade local o tiveram sempre à cabeça do rol como seu benfeitor. O nosso jornal, por exemplo, merecia-lhe o maior carinho, amplamente demonstrado, quer concitando valores que o amparassem, quer dispondo do seu valimento, sempre que este lhe era precioso.
O seu funeral foi bem o espelho das suas qualidades: - ladeado pelos Bombeiros, seguido pela Banda dos seus anelos cujo estandarte lhe cobria o ataúde, e acompanhado por uma multidão imensa onde se confundia o aldeão humilde com as figuras mais representativas da terra, tal foi o imponente cortejo onde todos se irmanaram no preito de admiração e saudade pelo homem prestimoso e bom que a morte acabava de ceifar.
* * *
Joaquim Pereira, o impoluto cidadão que todo o concelho conhecia e estimava, descansa em paz, prematuramente, pois faleceu com 56 anos apenas: - matou-o o coração, albergue dos mais nobres sentimentos, escrínio delicado de tudo quanto representasse o bem-estar da família, a felicidade dos amigos, e o bom nome desta sua terra adoptiva, que ele soube amar como poucos.
* * *
Arrasaram-se-nos os nervos na tarefa dolorosa: - queríamos-lhe como a um irmão mais velho!...
Luiz Rito
No “Noticias de Ourém” a 24/01/1937

Nova Rua

Vila Nova de Ourém, 3 de Dezembro de 1950.

Talvez pouca gente tenha dado pela sua recente construção, tão escondida fica entre olivedo a entroncar no último e desgarrado troço da Avenida, próximo da Sapateira. Trata-se da rua que de Castela de Cima liga agora este bairro com o referido troço, fazendo desaparecer, por inútil, e desengonçada a Travessa da Nora. De curta extensão é certo, mas de excelente exposição e de magníficos pontos de vista este arruamento está mesmo a pedir que o encham de casinhas bonitas, a gozarem a privilegiada situação em foi implantada.

No “Noticias de Ourém” a 03/12/1950