2005/06/14

Vão ser demolidos alguns prédios da Praça da República com vista à sua urbanização

Vila Nova de Ourém, 27 de Janeiro de 1952.
Dentro de poucos dias vão principiar os trabalhos de demolição dos prédios que a Câmara possui na Praça da República, mais conhecida por Largo da Igreja ou Praça dos Cereais. São eles os imóveis onde presentemente se encontram alojados o Núcleo da Legião Portuguesa, Banda de Vila Nova de Ourém, Oficina de Aferições e Serviços de análise de leite, isto é lado o extenso quarteirão situado entre as ruas Gago Coutinho e Sacadura Cabral, ao fundo do referido largo, com excepção do prédio onde está o estabelecimento de mercearias do senhor Joaquim Espada. A demolição deste último prédio está, como não podia deixar de ser, também prevista; no entanto, a sua efectivação fica adiada para mais tarde.
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- A Praça da República em dias de mercado, há 20 anos. -
Principia assim a grande obra, que de há muito se impõe e por que a Vila tanto aspira, da urbanização do largo. É que do projecto respectivo faz parte a construção de uma extensa plataforma ou terraço que, prolongando‑se ao nível do plano em que assenta a Igreja Matriz, até interceptar a estrada nacional que vem de Torres Novas, inutilizará esta para o trânsito advindo daí a necessidade da seu desvio, que uma vez autorizado pela Junta Autónoma de Estradas, a Câmara vai executar. Esse desvio será feito um pouco obliquamente por detrás do quarteirão de casas referido, e entrando depois no largo dos cereais, pisará exactamente o local onde se encontra a oficina de aferições.

O novo arruamento segue depois, paralelamente à Farmácia Viúva Leitão no sentido do Largo Marechal Carmona.

Por motivo das demolições apontadas, a Banda irá ocupar uma das salas na antiga escola feminina, à Avenida, que a Câmara lhe cede a título provisório até que este edifício seja adaptado a outros serviços, presumivelmente a posto da Polícia de Segurança Pública. O serviço de Aferições deverá ser alojado, no Largo Rodrigues Sampaio, nos baixos do depósito da água.

Devemos ainda esclarecer que o desvio da estrada nacional que vai fazer-se por detrás do edifício da Banda não constitui um arranjo provisório, pois trata‑se nem mais nem menos do que um arruamento previsto no plano de urbanização da Vila e, portanto, definitivo. Este arruamento será, naquele local, o que, julgamos nós, enfrentará o futuro mercado fechado, obra que muito também se impõe pelo que a ela voltaremos num dos próximos números.

No “Noticias de Ourém” a 27/01/1952

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